O governo de Ontário pediu ao governo federal que aprove mudanças radicais nas regras de fiança e sentenciamento, com foco em crimes violentos e infratores reincidentes.

Em carta conjunta, o procurador-geral Doug Downey e o ministro da Justiça de Ontário Michael Kerzner exigem que crimes como homicídio, violência doméstica, tráfico de armas e tráfico humano sejam excluídos do direito à fiança.

A proposta inclui restaurar penas mínimas obrigatórias para crimes graves e instituir uma regra de três strikes, que negaria fiança a quem já for reincidente em delitos sérios.

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Além disso, Ontário quer transformar delitos como invasão violenta de domicílio, sequestro de carro e tráfico humano em crimes com ônus reverso, o que significa que o acusado teria que provar que merece liberdade provisória, em vez de o Estado provar que deve mantê-lo preso.

Essas propostas surgem no momento em que o governo federal se prepara para apresentar novas regras sobre fiança e sentenças criminais.

Críticos alertam que punições mais severas nem sempre resultam em mais segurança pública. Há preocupação de que o número de réus aguardando julgamento presos preventivamente aumente, pressionando ainda mais o sistema carcerário.

Nas redes sociais, o debate sobre a proposta tem sido intenso e dominado por um tom de insatisfação. A maioria dos comentários critica o que muitos chamam de “tolerância excessiva” do sistema de justiça com criminosos reincidentes, especialmente em casos de violência e invasão domiciliar.

Há um sentimento crescente de que o governo precisa agir com mais firmeza, reduzindo as chances de liberdade provisória e aplicando punições mais severas. Entre usuários conservadores, o discurso de “tolerância zero” ganha força, enquanto outros demonstram ceticismo quanto à real disposição de Doug Ford em transformar suas declarações em ações concretas.

A sensação predominante é de desconfiança e exaustão diante da percepção de impunidade.

Se o parlamento aprovar essas medidas, as mudanças poderão alterar significativamente o funcionamento do sistema de justiça criminal no país.


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